Ir direto para menu de acessibilidade.
Início do conteúdo da página
Engenharia Civil

Visita Técnica dos Alunos de Engenharia na Pedreira Massaguaçu

Publicado: Segunda, 03 de Outubro de 2022, 21h01 | Última atualização em Segunda, 03 de Outubro de 2022, 21h04

No dia 24 de setembro os alunos do curso Bacharelado em Engenharia Civil do 6º Semestre, realizaram uma visita técnica na Pedreira Massaguaçu onde a recepção ficou a cargo do Engenheiro Daniel Dias e do Técnico de Segurança Ricardo Gomes. A visita técnica iniciou no viveiro de mudas nativas que são utilizadas na revegetação, na pedreira a área utilizada para exploração e produção corresponde a cerca de 30% da área total, sendo o restante destinado à vegetação e a compensação ambiental, que é feita por meio da revegetação.

Foto 1 - Alunos do 6º semestre com o Engenheiro Daniel e o Técnico de segurança RicardoFoto 1 - Alunos do 6º semestre com o Engenheiro Daniel e o Técnico de segurança Ricardo

Após o viveiro, a visita prosseguiu para área de produção, quando o engenheiro Daniel explicou que o processo é divido em 5 etapas, inicialmente os alunos foram conduzidos ao local de extração das rochas onde ocorrem as etapas 1 e 2. O Engenheiro Daniel explicou que a etapa 1 consiste na perfuração e extração da rocha. Para isso são feitas explosões controladas das bancadas, com o uso de perfuratrizes pneumáticas são feitos furos de 3” até a altura da bancada que é de 18 metros. Os furos são carregados com emulsão gelatinosa que é o produto que com a reação química permitirá que aconteça a implosão que fará fragmentação da rocha. Continuando a explicação o Engenheiro Daniel explicou que o explosivo é esta emulsão gelatinosa, que é transportado estável e separado nos caminhões, sendo misturado (de maneira a se tornar reagente) somente quando bombeado no furo. Todas as detonações são feitas de maneira controlada, isso quer dizer com o controle sobre o impacto na região. Antigamente, a pedreira trabalhava com estoque de explosivos, sendo executado pelos funcionários. Atualmente esse serviço é terceirizado, sendo de responsabilidade da pedreira somente a perfuração da rocha de acordo com o planejamento. Em média uma detonação gera entre 20 à 30 toneladas de rochas quarteadas, nesta etapa temos o primeiro produto que chamamos de matacos.

Após é iniciado a etapa 2ª que carregamento e transporte. Quando as rochas possuem tamanhos e pesos muito elevados não é possível ser utilizado britador primário (Etapa 3ª), sendo assim, necessário a diminuição delas com a utilização de um rompedor pneumático acoplado em uma máquina, que é conhecido popularmente na pedreira como martelo, explicou o Engenheiro. Depois desse processo de redução de tamanho a ponto de ser possível carregá-las com máquinas dentro de caminhões caçambas e despejadas no britador primário. Quando as rochas já possuem esse tamanho mais reduzido elas assumem um nome diferente, sendo chamadas de marroadas. Nesta 2ª etapa são feitas entre 80 à 100 viagens por dia dos caminhões até a britador.

Com isso é iniciado a etapa 3ª do processo, com o britador primário. Esse britador é dotado de mandíbulas que é formado por uma chapa fixa e outra móvel. Com movimentos de abertura e fechamento ele irá moer a marroada produzindo o rachão, que é o terceiro produto da pedreira. Nessa etapa o material irá ser transportado por correias transportadoras para peneira de 45 milímetros, onde haverá uma pré-seleção do que é bica corrida, que é um material utilizado normalmente em áreas que precisam ser estabilizadas., e o que será aproveitado para as próximas etapas do processo.

Assim começa a etapa 4, que é a britagem secundária. Nesta etapa é utilizado um britador cônico e peneiras vibratórias, o britador cônico tem a função de moer ainda mais as pedras vindas da britagem primária diminuindo tamanho, sendo possível a partir desse ponto, acontecer a receber diferentes classificações, passando por um processo de peneiramentos onde serão classificados agregados com dimensões diferentes de acordo com as normas brasileiras para agregados para construção civil, nesta fase acontece o enquadrados como brita , brita 2, brita 0 ou pedrisco e areia.

Foto 2 - Visita a ProduçãoFoto 2 - Visita a Produção

A etapa 5ª, que é a final dos processos da pedreira é a expedição, esta consiste na entrega do material aos clientes. Nesta etapa temos os caminhões que serão carregados por carregadeiras e pesados por balança rodoviária na entrada e na saída, o Engenheiro Daniel lembrou que os produtos da pedreira Massaguaçu são vendidos por tonelada. Com isso finalizando o processo em que envolvem os materiais da pedreira podemos conhecer os diversos produtos produzidos: Pedra Matacão, Marroada, Rachão, Pedra 1, Pedra 2, Pedrisco e Areia

Seguindo a visita o Engenheiro Daniel apresentou o processo da central de concreto que é automatizada, possuindo os traços cadastrados nela, ou seja, as quantidades e pesos que serão utilizados na produção automaticamente, não possuindo interferência humana. Todos os carregamentos de concretos nos caminhões betoneiras, assim como as quantidades de cada material na composição são registrados e pode ser rastreado por relatório.

Toda a água gerada no processo é direcionada para a uma lagoa de decantação, e após leva um tratamento específico e retorna para os processos da produção, sendo como exemplo a dosagem de concretos. Dessa maneira, não é retirada água do meio ambiente, fazendo um aproveitamento total da água diminuindo assim o impacto nos recursos hídricos, explicou o Engenheiro Daniel.

Foto 3 - Visita Nos silos de AgregadosFoto 3 - Visita Nos silos de Agregados

A terceira parte da visita foi na fábrica de artefatos, que possuí as mesmas bases que a central de concreto, entretanto os agregados e o cimento são levados até um misturador planetário e não para um caminhão betoneira e após a dosagem correta são produzidos em máquina semiautomáticas, os bloquetes sextavados utilizados em pavimentação de ruas da região. Na planta da fabrica são produzidos além dos bloquetes, guias e estacas. Para a produção de guias são utilizadas formas de plásticos seguindo o padrão da Prefeitura Municipal de São Paulo.

Segundo a explicação do Engenheiro Daniel, a produção de estacas em formas quadradas, era em aço protendido e a armada em formas sextavadas, entretanto, o preço do aço aumentou muito e a alta da competividade do mercado a produção de estacas está paralisada temporariamente.

Os alunos do 6º Semestre, a Profa. Esp. Elaine Barreto agradecem Massaguaçu AS, através do Engenheiro Daniel Dias e do Técnico de Segurança Ricardo Gomes, pela disponibilidade e a dedicação em proporcionar a todos os alunos o aprimoramento dos seus conhecimentos nesta Visita Técnica.

Autoras: Aluna 6º semestre: Annelise Melfi de Andrade Zorzi Bruner; e Professora Elaine Regina Barreto

registrado em:
Fim do conteúdo da página