Cinedebate discutiu documentário “Quem realmente somos”
No dia 26 de outubro de 2017, quinta-feira, a partir das 18h00, ocorreu uma nova sessão de cinedebate no auditório do Câmpus de Caraguatatuba do Instituto Federal de São Paulo (IFSP), com a exibição – seguida pela posterior discussão – do documentário “Quem realmente somos”, dirigido por Paulo Alberton, cineasta que atualmente mora em São Sebastião e que esteve presente para participar da atividade. Esta atividade fez parte do rol de ações do programa de extensão “Cinedebate e atividades de educação científica e cultural” coordenado pelo professor Ricardo Roberto Plaza Teixeira e para a sua organização contou com o apoio de seus bolsistas deste programa de extensão (Kauã Estevam Cardoso de Freitas, Rodrigo Henrique Revelete Godoy, Rafael Honório Morais de Oliveira, Rafael do Nascimento Sorensen, Diego Corrêa Peres de Souza, Juliana Caroline da Silva Sousa, Julia Cristina Barbosa Lucoveis e Ruy Guilherme Farias Santos Bastos), bem como de seus bolsistas de iniciação científica (João Pereira Neto, Rafael Brock Domingos e Izabela Duarte). Este cinedebate contou também com a participação dos docentes Mauro Ribeiro Chaves, Maria do Carmo Cataldi Muterle, Priscila Cristini dos Santos e Luis Fernando Viviani Thomazini e da servidora técnico-administrativa Bernardina Francisca de Miranda, todos eles do próprio IFSP.
Luis Fernando, Carminha, Priscila, Paulo Alberton, Ricardo Plaza e Mauro
A ideia de realizar este cinedebate ocorreu a partir do contato inicial estabelecido entre o professor Ricardo Plaza e o cineasta Paulo Alberton. As cenas do documentário “Quem realmente somos” foram filmadas por Paulo Alberton quando ele vivia na Austrália. O trailer deste documentário pode ser assistido em: <https://www.youtube.com/watch?v=qtaJhudN8W4>.
Bolsistas com professores Luis Fernando e Ricardo Plaza
Este documentário fez parte do trabalho da tese de doutorado defendida por Paulo Alberton na University of Western Sydney, na Austrália. As suas cenas estão situadas numa confluência de narrativas da diáspora africana e do multiculturalismo, com discussões sobre valores e raízes de imigrantes em um território estrangeiro. Este filme foi produzido com o apoio da universidade e foi finalizado por meio de um financiamento coletivo, tratando-se, portanto, de um trabalho colaborativo.
Ricardo Plaza e Paulo Alberton
O documentário aborda o trabalho do brasileiro Mestre Roxinho, que se mudou para a Austrália e começou a ensinar capoeira angola a um grupo de jovens refugiados africanos numa escola pública em Sydney. A capoeira angola é uma arte assentada na cultura africana que ajudou os escravos a se fortalecerem física e espiritualmente contra a opressão durante os séculos de escravidão no Brasil. A obra acompanhou diversas histórias tocantes envolvendo a vida de imigrantes e o seu envolvimento com a arte e a cultura, por meio, por exemplo, de versos de rap. O encontro do brasileiro Mestre Roxinho com estes jovens refugiados africanos na Austrália, em certo sentido, fechou uma espécie de círculo de retorno às raízes africanas. Mais informações acerca deste documentário podem ser encontradas no site do diretor (<http://www.pauloalberton.com/>), no link: <http://www.pauloalberton.com/?p=696>.
Paulo Alberton analisa o documentário “Quem realmente somos”
Após a exibição do documentário, Paulo Alberton explicou aos presentes a sua motivação para fazer esta obra cinematográfica e respondeu várias questões feitas pelos presentes. Ele relatou as dificuldades que teve durante a realização do documentário. O próprio título “Quem realmente somos” remete à reflexão sobre as trajetórias de vida e à procura pelas raízes, tanto por parte do afro-brasileiro mestre Roxinho, quanto por parte dos jovens refugiados africanos que participavam das suas aulas de capoeira angola e até mesmo por parte do próprio diretor do documentário, que viveu muitos anos fora do Brasil. A equipe de bolsistas que organizou este cinedebate agradece imensamente o diretor Paulo Alberton pela gentileza e disposição em vir participar deste cinedebate.
As sessões de cinedebates são regularmente organizadas por bolsistas de iniciação científica e de extensão orientados pelo professor Ricardo Plaza, no âmbito do programa de extensão “Cinedebate e atividades de educação científica e cultural”. Seu objetivo principal é realizar reflexões críticas sobre história, ciência e cultura, envolvendo filmes e documentários selecionados com este propósito, bem como ampliar o repertório cultural e cinematográfico por parte dos alunos e do público em geral. Todas as sessões de cinedebates são gratuitas e abertas para quaisquer interessados, tanto da comunidade interna, quanto da comunidade externa ao IFSP; não é necessário fazer inscrição prévia: basta estar presente no auditório no início da exibição do filme. Professores e gestores de escolas públicas que pretendem que alunos de suas escolas participem de atividades deste gênero podem procurar o professor Ricardo Plaza, para juntos organizarem os detalhes.
Fonte: Prof. Dr. Ricardo Roberto Plaza Teixeira
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