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Cinedebate

Cinedebate discutiu documentário “Democracia em preto e branco”

Publicado: Terça, 21 de Agosto de 2018, 10h01 | Última atualização em Terça, 21 de Agosto de 2018, 10h03 | Acessos: 2057

No dia 17 de agosto de 2018, sexta-feira, a partir das 14h20 da tarde, no auditório do Câmpus de Caraguatatuba do Instituto Federal de São Paulo (IFSP), ocorreu a exibição – seguida pelo posterior debate – do documentário “Democracia em preto e branco”. A organização deste cinedebate contou com o apoio de bolsistas do programa de extensão “Cinedebate e atividades de educação científica e cultural” (Rafael Honório Morais de Oliveira, Diego Bortoleto Licca, Henrique Madeo Pereira, Larissa Comodaro Nunes Sant’Ana, Gabriel Xavier Luz, Jessica de Oliveira Santana e Yasmin Francisca dos Santos Coelho), bem como dos atuais bolsistas de iniciação científica Kauã Estevam Cardoso de Freitas, Rafael do Nascimento Sorensen, Ryan Nepomuceno Montemor e Diego Corrêa Peres de Souza e dos ex-bolsistas de iniciação científica João Pereira Neto e Rafael Brock Domingos, todos eles orientados pelo professor Ricardo Roberto Plaza Teixeira, docente do IFSP-Caraguatatuba. O professor Alexandre Machado Rosa esteve presente e participou ativamente deste cinedebate.

Professores Ricardo Plaza e Alexandre Rosa junto com estudantes que organizaram este cinedebate

O documentário “Democracia em preto e branco” foi dirigido por Pedro Asbeg, teve a locução de Rita Lee e foi lançado em 2014. Mais informações sobre este filme podem ser obtidas no próprio blog do documentário, intitulado “Democracia em preto e branco – Futebol, política e rock n’roll” e, em inglês, no site do IMDB.

Professores Ricardo Plaza e Alexandre Rosa antes do início do cinedebate

“Democracia em preto e branco” pode ser assistido no youtube. Um trailer de 2 minutos sobre este documentário pode ser assistido aqui.

Faixa carregada por jogadores: “Ganhar ou perder mas sempre com DEMOCRACIA”

Basicamente ele analisa a chamada “democracia corinthiana”, um movimento de jogadores liderados pelo trio Sócrates, Casagrande e Wladimir que procurou na primeira metade dos anos 1980 promover o ideal de participação ativa dos jogadores de futebol de forma igualitária, na tomada de decisões acerca de questões como concentração, contratação e escalação, por exemplo.

Cartaz de propaganda do documentário

Dois bons artigos de análise sobre esta obra cinematográfica podem ser lidos aqui e também aqui “Democracia em preto e branco” aborda também a história política brasileira daquele período de fim do regime militar e de como o movimento da democracia corinthiana acabou por reforçar a luta pelo fim da ditadura militar e pelas eleições diretas para presidente da república, durante a famosa campanha das “Diretas Já”. Dentre os entrevistados durante o documentário, além de jogadores como Sócrates, Casagrande, Wladimir, Zenon e Zé Maria, estão personalidades tais como Adilson Monteiro Alves, Edgard Scandurra, José Trajano, Juca Kfouri, Flávio Gikovate, Dado Villa-Lobos, Marcelo Rubens Paiva, Luis Nassif, Ricardo Kotscho, Roberto Frejat e Serginho Groisman. Em particular, para quem quiser se informar a respeito da vida e da trajetória do “Doutor Sócrates”, vale a pena ler o artigo intitulado “Sócrates, de aposta corintiana a ícone da democracia”.

Professor Alexandre aborda aspectos do documentário “Democracia em preto e branco”

Um dos aspectos mais marcantes do documentário é sua abordagem a respeito do surgimento de novas bandas de rock nacional na época, o que caracterizou profundamente o clima cultural em que se vivia. O canal “Democracia em preto e branco” do youtube em suas playlists apresenta diversas músicas que fazem parte da bela trilha sonora deste filme, tais como “Núcleo Base” da banda Ira!, “Sonífera Ilha” dos Titãs e “Até quando esperar” da Plebe Rude. Duas outras músicas que têm destaque na narrativa do documentário são “Estado violência” e “Gritos na multidão” do Ira!.

Cena do documentário que mostra os jogadores Sócrates, Casagrande e Wladimir

Significativamente o documentário termina com a seguinte fala: “Da frustração das diretas pra cá a democracia brasileira se consolidou, mas o pior da ditadura ainda sobrevive, na alienação promovida pelo Estado e pela mídia e nos métodos brutais das polícias militares. É preciso seguir lutando!” Como foi afirmado durante o debate promovido, é fundamental se contrapor ao discurso daqueles que defendem a volta da ditadura militar, reavivando a memória dos mais jovens sobre o quanto, por exemplo, aquele período de obscurantismo foi prejudicial para a ciência, para a cultura e para a educação no Brasil.

As sessões de cinedebates são regularmente organizadas por bolsistas e ex-bolsistas de iniciação científica e de extensão no âmbito do programa de extensão “Cinedebate e atividades de educação científica e cultural” do IFSP-Caraguatatuba que é coordenado pelo professor Ricardo Plaza. Seu objetivo principal é realizar reflexões críticas sobre história, ciência e cultura, envolvendo filmes e documentários selecionados com este propósito, bem como ampliar o repertório cultural e cinematográfico por parte dos alunos e do público em geral. Todas as sessões de cinedebates são gratuitas e abertas para quaisquer interessados, tanto da comunidade interna, quanto da comunidade externa ao IFSP. Não é necessário fazer inscrição prévia: basta estar presente no auditório no início da exibição do filme. Professores e gestores de escolas públicas que pretendem que alunos de suas escolas participem de atividades deste gênero podem procurar o professor Ricardo Plaza para juntos organizarem os detalhes.

Fonte: Prof. Dr. Ricardo Roberto Plaza Teixeira

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