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Cinedebate

Cinedebate abordou documentário sobre a Copa do Mundo de 1958

Publicado: Segunda, 26 de Março de 2018, 08h45 | Última atualização em Terça, 24 de Abril de 2018, 15h23

No dia 23 de março de 2018, sexta-feira, a partir das 14h20 da tarde, no auditório do Câmpus de Caraguatatuba do Instituto Federal de São Paulo (IFSP), ocorreu a exibição – seguida pelo posterior debate – do documentário “1958: O ano em que o mundo descobriu o Brasil”. A organização deste cinedebate contou com o apoio de ex-bolsistas de iniciação científica e do programa de extensão “Cinedebate e atividades de educação científica e cultural” (Izabela Duarte, Kauã Estevam Cardoso de Freitas, Rodrigo Henrique Revelete Godoy, Rafael Honório Morais de Oliveira e Rafael do Nascimento Sorensen), bem como dos atuais bolsistas de iniciação científica João Pereira Neto (com bolsa PIBIC/CNPq) e Diego Corrêa Peres de Souza (com bolsa PIBIFSP), todos eles orientados pelo professor Ricardo Roberto Plaza Teixeira, docente do IFSP-Caraguatatuba.

Público presente a este cinedebate

O professor Alexandre Machado Rosa, docente da área de Educação Física do IFSP-Caraguatatuba, acompanhou seus alunos do ensino médio integrado que TAMBÉM participaram desta atividade cultural.

Professores Alexandre Rosa e Ricardo Plaza

O documentário “1958: O ano em que o mundo descobriu o Brasil” foi lançado em 2008 e dirigido por José Carlos Asbeg. Basicamente ele descreve a história da conquista pelo Brasil da sua 1ª Copa do Mundo de Futebol, em 1958, na Suécia, contada por seus protagonistas e descrita por imagens de arquivos da época e por depoimentos concedidos por jogadores que participaram desta Copa, tanto da seleção nacional quanto das seleções que enfrentaram o Brasil, bem como por jornalistas esportivos e dirigentes. Um artigo com mais informações acerca deste documentário pode ser lido em: <http://www.revistacinetica.com.br/1958.htm>.

Professor Ricardo Plaza com estudantes que ajudaram a organizar este cinedebate

O documentário exibido apresentou depoimentos interessantes de jogadores da época, tais como Didi, Zagallo, Nilton Santos, Zito, Dino, Pepe, Moacir, Djalma Santos e Mazolla. Ao longo da obra é realizada uma análise da famosa frase de Nelson Rodrigues, segundo a qual, nós brasileiros temos uma espécie de complexo de vira-latas, um complexo de inferioridade diante de outros povos e nações, sobretudo europeus e norte-americanos. Em certo sentido, a vitória da seleção brasileira na Copa de 1958 trouxe uma projeção internacional inédita para o Brasil naquela época. Os primeiros 10 minutos deste belo documentário podem ser vistos no link: <https://www.youtube.com/watch?v=Qwh7UIGqohs>.

O cinedebate contou com a participação plural de estudantes de diferentes “tendências futebolísticas”

O debate após a exibição destacou o período histórico vivido pelo Brasil em 1958, durante o governo desenvolvimentista de Juscelino Kubitschek (JK) e com transformações sociais e culturais, como a Bossa Nova e o Cinema Novo.

O professor Ricardo Plaza lembrou também que em certo sentido, o futebol (sobretudo no contexto dos jogos da Copa do Mundo) é uma forma sublimada e pacífica de fazer a “guerra” entre as nações. Além disso, destacou que o jogo de futebol em si parece ser uma espécie de “fóssil comportamental” do passado nômade do ser humano de dezenas de milhares de anos atrás, quando ao invés de correr atrás de uma bola, corria-se atrás de um animal que era caçado para fornecer alimento!

Os belos lances e as cenas de jogadas fenomenais exibidos destacaram sobretudo (mas não somente) o papel de Garrincha e de Pelé (que tinha apenas 17 anos), nesta Copa do Mundo. O professor Alexandre a este respeito refletiu sobre a expressão futebol-arte que muitas vezes é usada para descrever aquela geração de futebolistas. Sobre isto, um jogador estrangeiro entrevistado no documentário afirmou que o futebol brasileiro era como a música brasileira: alegre.

Um dos dois gols feitos por Pelé na vitória por 5 a 2 contra a Suécia, na final da Copa do Mundo de 1958, é seguramente um dos gols mais bonitos do “Rei” e pode ser admirado no vídeo do link: <https://www.youtube.com/watch?v=keuD2AK5QQg>.

Professor Alexandre tece considerações sobre o documentário exibido

As sessões de cinedebates são regularmente organizadas por bolsistas e ex-bolsistas de iniciação científica e de extensão no âmbito do programa de extensão “Cinedebate e atividades de educação científica e cultural” do IFSP-Caraguatatuba que é coordenado pelo professor Ricardo Plaza e conta na sua equipe também com os professores Mauro Chaves e Alexandre Rosa. Seu objetivo principal é realizar reflexões críticas sobre história, ciência e cultura, envolvendo filmes e documentários selecionados com este propósito, bem como ampliar o repertório cultural e cinematográfico por parte dos alunos e do público em geral. Todas as sessões de cinedebates são gratuitas e abertas para quaisquer interessados, tanto da comunidade interna, quanto da comunidade externa ao IFSP; não é necessário fazer inscrição prévia: basta estar presente no auditório no início da exibição do filme. Professores e gestores de escolas públicas que pretendem que alunos de suas escolas participem de atividades deste gênero podem procurar o professor Ricardo Plaza para juntos organizarem os detalhes.

Fonte: Prof. Dr. Ricardo Roberto Plaza Teixeira

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