2º Campeonato de Arremesso de Celulares na Semana Mundial do Meio Ambiente
O Brasil tem hoje dois dispositivos digitais por habitante, incluindo smartphones, computadores, notebooks e tablets. Em 2019, a previsão é de que o país tenha 420 milhões de aparelhos digitais ativos. É o que revela a 30ª Pesquisa Anual de Administração e Uso de Tecnologia da Informação nas Empresas, realizada pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP).
Entre os aparelhos, o uso de smartphone se destaca: segundo o levantamento, há hoje 230 milhões de celulares ativos no País. Já o número de computadores, notebooks e tablets em uso no Brasil é de 180 milhões. Houve um aumento de 10 milhões no número de smartphones ativos em relação a 2018.
A cada ano, os fabricantes de celulares lançam modelos novos, com design e funcionalidades cada vez mais atraentes, que estimulam o desejo do consumidor por um novo aparelho. Estudos mostram que o brasileiro troca o celular, no máximo, a cada dois anos — sendo que algumas pessoas possuem dois aparelhos, além de tablet e notebook.
Como consequência desse cenário, o descarte de celulares velhos no Brasil é altíssimo, ultrapassando o volume de 1,4 milhão de toneladas por ano. Esse número coloca o Brasil no topo do ranking de países da América Latina que mais produz lixo eletrônico. O que fazer para resolver esse problema, afinal?
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), em vigor desde 2010, cria responsabilidades e obrigatoriedades com relação à destinação correta de resíduos, o que inclui o descarte adequado do lixo eletrônico. Porém, o País ainda conta com poucos postos para o descarte de celulares velhos, e o índice de reciclagem deste tipo de resíduo é muito baixo.
Cerca de 80% dos componentes de aparelhos celulares podem ser reciclados. Isso porque um aparelho possui a seguinte composição: 45% plástico, 40% placa de circuito, 8% de metais como ouro e prata, 4% de cristal líquido e 3% de placa de magnésio. Esses materiais podem ser separados e reciclados, porém, o processo exige conhecimento técnico e tecnologia específica, principalmente com relação à retirada de metais preciosos.
2º Campeonato de Arremesso de Celulares do IFSP Caraguatatuba
Boa parcela dos usuários de celular já teve aquele impulso de atirar o aparelho ao chão ou em direção à parede, imediatamente após a ocorrência de algum problema com ele. Mas foi a Finlândia o primeiro país que transformou isso em uma competição. Os finlandeses se reúnem anualmente desde o ano 2000 na cidade de Savonlinna, no sudeste do país. Mas não precisa se preocupar com o meio ambiente, uma vez que o centro de reciclagem local recolhe tudo o que sobra dos dispositivos e os emprega para novos fins.
Já em Caraguatatuba, a 2ª edição do Campeonato de arremesso de celular do IFSP Caraguatatuba, realizada dia 08 de junho, na praia do Indaiá, trouxe um novo recorde. Com a existência de apenas uma categoria no campeonato, dividido em masculino e feminino, o arremesso freestyle considera o celular arremessado à maior distância como o arremesso vencedor. Alessandro Almeida dos Santos, do Curso Técnico em Meio Ambiente quebrou o recorde da categoria masculino com 59,34 metros de distância, enquanto Rebeca Cabral, aluna do curso Integrado lançou à distância de 31,91 metros o celular. Completaram as melhores marcas o aluno Pedro Lucas, do Integrado, com 47,82 metros e Alexandre Cocati, com 47,41 metros. No feminino, Verônica Orrutia, do Integrado, com 23,23 e Giovana Sabino, com 19,92 metros.
O objetivo da atividade é o de despertar a consciência e a reflexão sobre o descarte e manejo do lixo eletroeletrônico. Durante toda a semana, houve arrecadação deste tipo de resíduo eletrônico. Foram arrecadados quase 30 celulares velhos, transformados no objeto principal da competição: o arremesso de celulares. Com ampla participação de alunos dos Cursos Técnicos em Informática Integrado ao Ensino Médio e do Técnico em Meio Ambiente, além de professores e comunidade em geral.
Celular velho: o que fazer?
Se o aparelho ainda funciona, mas você decidiu substitui-lo por outro mais moderno, faça algo útil com ele, ao invés de deixá-lo “esquecido” em alguma gaveta. Veja quatro CINCO sugestões interessantes:
- Venda ou doe o aparelho a um familiar ou amigo;
- Se a tela estiver intacta, use-o como um porta-retratos digital;
- Ao invés de expor seu aparelho novo no carro, utilize o antigo como GPS;
- Carregue o antigo com você para entregar para um possível assalto.
O celular antigo pode servir como leitor digital de livros, apostilas e outros documentos. Atenção: jamais descarte o aparelho celular inservível no lixo comum!
Sempre verifique onde existe um posto de coleta de celulares e baterias. Consulte a revendedora de celulares, o setor de meio ambiente da prefeitura, o site do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) e centros de reciclagem. Sua atitude poderá inspirar outras pessoas a fazerem o mesmo e, assim, será possível diminuir a quantidade de lixo eletrônico do Brasil.
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