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CULTURA

Atividade de extensão debateu o machismo e as suas raízes históricas

Publicado: Quinta, 29 de Julho de 2021, 15h00 | Última atualização em Quinta, 29 de Julho de 2021, 15h00

Em 24 de julho de 2021, sábado, a partir das 18h00, ocorreu uma atividade cultural de extensão, de forma virtual, sobre o tema “Contextualizando o machismo: suas origens e influências atuais”. As quatro conferencistas que participaram desta ação foram Jessica Pedrosa Bocalini, Raphaela Novaes de Pinho, Camila Ferreira Alves e Izabella Chemello Bersani de Souza. Elas são alunas de diferentes cursos superiores do campus Caraguatatuba do Instituto Federal de São Paulo (IFSP): Jessica é aluna da Licenciatura em Física, Raphaela é aluna do curso de Tecnologia em Processos Gerenciais e Camila e Izabella são alunas da Licenciatura em Matemática. Além disso, atualmente, estas quatro alunas são bolsistas do projeto de extensão “Meninas Cientistas Interdisciplinares” que é coordenado pelo professor Ricardo Roberto Plaza Teixeira, docente do IFSP-Caraguatatuba. O suporte técnico para a realização deste evento foi fornecido por Vinicius Carvalho Rosa que é estudante do curso de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas do IFSP-Caraguatatuba e bolsista de iniciação científica (com bolsa PIBIFSP), também sob a orientação do professor Ricardo Plaza.

Imagem 1 - Jessica, Raphaela, Camila e IzabellaImagem 1 - Jessica, Raphaela, Camila e Izabella

Esta atividade foi aberta por Vinicius Rosa e, em seguida, o professor Ricardo Plaza explicou aos presentes acerca do projeto de extensão “Meninas Cientistas Interdisciplinares” e sobre a importância de debater o tema do machismo de modo a ajudar a construir uma sociedade mais equitativa e menos injusta. Na sequência, as quatro conferencistas se apresentaram e explicaram os objetivos da realização desta web-conferência. A gravação em vídeo desta atividade, com duração de cerca de 1 hora e 39 minutos, pode ser assistida por qualquer interessado no link <https://www.youtube.com/watch?v=5Jr4W4tDcEw>.

Imagem 2 - Professor Ricardo, Vinicius, Izabella, Camila, Jessica e RaphaelaImagem 2 - Professor Ricardo, Vinicius, Izabella, Camila, Jessica e Raphaela

Esta web-conferência procurou abordar aspectos históricos e sociais acerca do machismo, inclusive sobre as suas origens e sobre as suas influências atuais na sociedade. O projeto de extensão “Meninas Cientistas Interdisciplinares” foi aprovado pelo edital 495/2020 da Pró-Reitoria de Extensão do IFSP e visa estimular as alunas de ensino fundamental e médio para carreiras relacionadas às ciências exatas, como é o caso, por exemplo, da física e da matemática.

Imagem 3 - Slide apresentado durante a web-conferênciaImagem 3 - Slide apresentado durante a web-conferência

A conferencista que iniciou a apresentação foi Izabella Chemello que procurou explicar o que é o machismo, a ideia de que o gênero masculino é superior ao gênero feminino. Ela explanou também acerca dos estereótipos do que deve ser masculino e do que deve ser feminino, salientando que muitas vezes estes estereótipos prejudicam as mulheres, ao limitar durante a infância o universo do que as meninas estão “autorizadas” a fazer.

Imagem 4 - Izabella Chemello Bersani de SouzaImagem 4 - Izabella Chemello Bersani de Souza

Na sequência, Raphaela Pinho abordou a tríplice ancestralidade greco-judaico-cristã do machismo na cultura ocidental; em particular ela lembrou das características machistas presentes em diferentes referências históricas, como em escritos do filósofo grego Aristóteles e em trechos do Antigo Testamento e do Novo Testamento da Bíblia. Para fundamentar a sua apresentação, Raphaela usou o artigo intitulado “A ciência é masculina? É, sim senhora!...”, escrito pelo professor Attico Inácio Chassot e que está disponível para ser acessado gratuitamente e lido no link <http://www.afhic.com/wp-content/uploads/2018/12/A-ciencia-e-masculina.pdf>.

Imagem 5 - Raphaela Novaes de PinhoImagem 5 - Raphaela Novaes de Pinho

A seguir, Jessica Pedrosa abordou a questão da naturalização do machismo. Para isto, ela usou uma charge (tirinha) do Armandinho feita pelo ilustrador Alexandre Beck, e como a desigualdade é reforçada por discursos e falas preconceituosos. Jessica lembrou que há uma luta histórica de resistência e contra o patriarcado que remonta, por exemplo, à conquista do direito ao voto para as mulheres, pelo movimento das sufragistas nas primeiras décadas do século 20.

Imagem 6 - Jessica Pedrosa BocaliniImagem 6 - Jessica Pedrosa Bocalini

A conferencista Camila Ferreira apresentou, posteriormente, diversos dados estatísticos sobre a profissionalização em nível superior de homens e de mulheres no Brasil, bem como sobre a distribuição por gênero das diferentes categorias do Prêmio Nobel, ao longo de mais de um século. Camila também refletiu sobre comentários machistas que são escutados no dia a dia e sobre como eles revelam uma sociedade que ainda é extremamente preconceituosa e desigual.

Imagem 7 - Camila Ferreira AlvesImagem 7 - Camila Ferreira Alves

Ao final da apresentação foi exibido o esclarecedor vídeo “O Desafio da Igualdade” que tem a duração de 1 minuto e 51 segundos e pode ser assistido pelos interessados no link <https://www.youtube.com/watch?v=04u0UHEq2f4>.

Imagem 8 - Cena do vídeo O desafio da igualdadeImagem 8 - Cena do vídeo O desafio da igualdade

Após as falas das quatro conferencistas, foram lidas algumas considerações e questões feitas pelos participantes no chat do YouTube, que foram comentadas e respondidas durante a atividade. Ao final do evento, as debatedoras fizeram as suas considerações finais antes do evento encerrar.

Imagem 9 - Cartaz de divulgação desta web-conferênciaImagem 9 - Cartaz de divulgação desta web-conferência

Outras ações de extensão, ensino e pesquisa, realizadas pela equipe de orientados pelo professor Ricardo Plaza desde agosto de 2020 foram gravadas e os seus vídeos se encontram disponíveis para serem assistidos no canal “Debate Consciência” do YouTube no link <https://www.youtube.com/channel/UCGD1YmakxPjK9w9SXrWH-Lw>.

O objetivo desta atividade foi o de colaborar para disseminar o conhecimento histórico, o debate e o respeito aos direitos humanos de todos os cidadãos, usando a internet como recurso, devido à pandemia de COVID-19. Os estudantes envolvidos nesta ação agradecem muito às pessoas que divulgaram e participaram ativamente deste vídeo-debate, inclusive por meio da realização de perguntas e reflexões pelo chat do YouTube. Sugestões para temas de futuras ações são bem-vindas e podem ser feitas para qualquer um dos membros da equipe ou diretamente para o professor Ricardo Plaza.

Fonte: Prof. Dr. Ricardo Roberto Plaza Teixeira

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