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EDUCAÇÃO CIENTÍFICA

Alunos de matemática tiveram trabalhos aprovados em Congresso de Extensão

Publicado: Segunda, 14 de Mai de 2018, 15h55 | Última atualização em Segunda, 14 de Mai de 2018, 18h08

Os estudantes Adriana de Andrade, Ariane Aparecida Roque Pereira Horta e João Pereira Neto, do curso de licenciatura em matemática do Câmpus de Caraguatatuba do Instituto Federal de São Paulo (IFSP), juntamente com o Prof. Dr. Ricardo Roberto Plaza Teixeira (docente do IFSP-Caraguatatuba) e com Gustavo de Andrade, estudante do curso de bacharelado em Física do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IFUSP), tiveram os seus artigos aprovados para serem apresentados na modalidade de comunicação oral, na 8ª edição do Congresso Brasileiro de Extensão Universitária (CBEU) que acontecerá na UFRN em Natal (RN) entre os dias 28 a 30 de junho de 2018. O CBEU é o maior encontro brasileiro de extensão universitária das Instituições Públicas de Ensino Superior, tendo como objetivo discutir os desafios da extensão universitária no Brasil, de modo a propiciar uma discussão sobre as potencialidades da extensão e aproximar a sociedade dos conhecimentos pela universidade. Os dois artigos aprovados são descritos abaixo.

Adriana e Gustavo

Adriana e Gustavo

O trabalho intitulado “Atividades de extensão sobre popularização da ciência por meio da apresentação de experimentos científicos” tem como autores os estudantes Adriana de Andrade e Gustavo de Andrade e o professor Ricardo Roberto Plaza Teixeira. Os dois ambientes que foram objetos de reflexão neste artigo foram as oficinas de experimento com materiais de baixo custo em escolas do litoral norte paulista, desenvolvidas por projetos de extensão que realizaram atividades de educação científica no âmbito do IFSP-Caraguatatuba e as visitas de alunos da capital paulista ao ambiente do Laboratório de Demonstrações Ernst Wolfgang Hamburger do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP). A estudante Adriana de Andrade, entre 2015 e 2017, recebeu bolsas de extensão e de pesquisa (iniciação científica), quando foi orientada pelo Prof. Dr. Ricardo Roberto Plaza Teixeira que atualmente é o coordenador do curso de licenciatura em física do IFSP-Caraguatatuba. Já o estudante Gustavo de Andrade é bolsista do PUBUSP (Programa Unificado de Bolsas de Estudo para Estudantes da Graduação), desenvolvendo atividades de monitoria no Laboratório de Demonstrações do IFUSP, sob a orientação do Prof. Dr. Vito Roberto Vanin do Instituto de Física da USP. O resumo deste artigo “Atividades de extensão sobre popularização da ciência por meio da apresentação de experimentos científicos” é o seguinte:

“Este trabalho tem por finalidade descrever e analisar ações de extensão universitária, de divulgação e educação científica por meio de atividades experimentais, no âmbito do projeto de extensão intitulado “Atividades de educação científica e cultural”, desenvolvido pelo Instituto Federal de São Paulo (IFSP), Câmpus Caraguatatuba, e no âmbito do Laboratório de Demonstrações Ernst Wolfgang Hamburger do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IFUSP). Foi realizada uma investigação sobre as ações de divulgação científica por meio de experimentos nas atividades realizadas por extensionistas em escolas públicas do litoral norte paulista e nas visitas dos alunos da capital de São Paulo ao Laboratório de Demonstrações da USP. Este trabalho aponta as especificidades necessárias para analisar como esses dois ambientes funcionam na esfera do aprendizado dos alunos, no contexto da compreensão dos fenômenos físicos e na divulgação científica. Neste enfoque, foi utilizada a metodologia CTSA (Ciência-Tecnologia-Sociedade-Ambiente) que assume como objetivo da educação científica, o desenvolvimento da capacidade de tomada de decisão consciente pelo jovem na sociedade tecno-científica atual. Os resultados indicam que as apresentações de experimentos nos dois ambientes – nas oficinas nas escolas e no Laboratório de Demonstrações da USP – foram estratégias importantes para permitir aos alunos visualizarem conceitos físicos, de modo concreto, permitindo uma real construção do conhecimento no processo de aprendizagem. Assim, as oficinas experimentais realizadas dialogavam com os materiais existentes no dia-a-dia dos estudantes e as visitas ao Laboratório de Demonstrações instigaram nos alunos uma postura investigativa. Os desdobramentos das ações desenvolvidas permitem concluir que ocorreu um efetivo processo de educação científica: a apresentação de experimentos se mostrou uma estratégia positiva para desenvolver a compreensão e a estimular a imaginação.”

Professor Vito Vanin e estudante Gustavo de Andrade

Professor Vito Vanin e estudante Gustavo de Andrade

Por sua vez, o trabalho intitulado “Experimentos científicos e jogos matemáticos em atividades de extensão de educação científica” teve como autores os estudantes Ariane Aparecida Roque Pereira Horta e João Pereira Neto e o professor Ricardo Roberto Plaza Teixeira. Ele teve como objetivo analisar a implementação de diferentes estratégias para ampliar o interesse e estimular a aprendizagem acerca de temas relacionados às ciências naturais e à matemática, com ênfase para o uso de experimentos e brinquedos científicos, bem como de jogos geométricos e lógicos. A estudante Ariane Aparecida Roque Pereira foi bolsista do projeto de extensão “Educação científica por meio de atividades experimentais e audiovisuais para alunos de escolas públicas do litoral norte de São Paulo” em 2015 sob a orientação do Prof. Dr. Ricardo Roberto Plaza Teixeira. Já o estudante João Pereira Neto entre 2014 e 2018 foi bolsista de 5 diferentes projetos de pesquisa, todos eles com bolsas de iniciação científica PIBIC (CNPq) sob a orientação também do Prof. Dr. Ricardo Roberto Plaza Teixeira. O resumo deste artigo “Experimentos científicos e jogos matemáticos em atividades de extensão de educação científica” é o seguinte:

“O presente trabalho faz o recorte de um projeto de extensão na área temática de ‘Educação’ e voltado para a divulgação científica e tecnológica. São discutidas as ações de popularização da ciência realizadas no ano de 2015, em escolas públicas da região do litoral norte paulista, que tinham por objetivo a compreensão e aprendizagem de conceitos de áreas das ciências naturais e exatas. A linha de pesquisa envolveu atividades de educação científica, abrangendo bolsistas extensionistas alunos de cursos do câmpus de Caraguatatuba do Instituto Federal de São Paulo (IFSP), a partir de linhas de fomento disponibilizadas pela Pró-Reitora de Extensão. O trabalho destes bolsistas se dividiu em diferentes áreas temáticas, desde palestras sobre exobiologia e a cosmologia até atividades lúdico-didáticas para o ensino de matemática e ciências naturais. Nessa exposição são destacadas as atividades de extensão que consistiam na apresentação de experiências científicas com equipamentos considerados, de certo modo, brinquedos científicos e problematizadores a respeito de fenômenos naturais relacionados ao eletromagnetismo, ao estudo de forças centrípetas e à óptica, e na apresentação de desafios matemáticos realizados por meio de objetos manipuláveis. São apresentadas algumas possibilidades tanto para o ensino de física, quanto para o ensino de matemática, pela discussão sobre o uso de jogos e experimentos como ferramentas de educação e divulgação científica. Os experimentos científicos e os jogos matemáticos foram encarados pelos estudantes como brinquedos que aos poucos foram adquirindo novas características e se transformando em um foco de grande interesse e desencadeadores de processos de aprendizagem efetiva de conceitos e leis da física e da matemática.

Ariane professor Ricardo Plaza e João

Ariane, professor Ricardo Plaza e João

Ambos os trabalhos submetidos receberam a carta de aceite sem necessidade de correções, o que demonstrou a grande importância da realização de atividades de educação e divulgação científica para comunidades do litoral norte paulista. Ambos os trabalhos discorreram sobre a disponibilização para o público externo ao IFSP do conhecimento desenvolvido dentro da instituição. Assim sendo “ganham a instituição de ensino superior, a comunidade envolvida e, é claro, o estudante que participa de um proveitoso e mútuo processo de aprendizado”, como enfatiza a estudante Adriana de Andrade, que está concluindo o seu curso de licenciatura em matemática em 2018.

Fonte: Prof. Dr. Ricardo Roberto Plaza Teixeira

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