Palestra no IFSP analisou a iconografia de disco de heavy metal
Na noite do dia 7 de outubro de 2015, quarta-feira, ocorreu a palestra intitulada “Análise iconográfica e iconológica do álbum ‘The number of the beast’ de Iron Maiden (1982)” na sala 105A do Instituto Federal de São Paulo (IFSP), Câmpus Caraguatatuba. Esta palestra foi ministrada por Cristian Machado, que é graduado em história pela Universidade Estadual de Ponta-Grossa, em conjunto com a advogada Ana Lucia de Oliveira.
Apresentação de Cristian Machado
Cristian em sua apresentação fez uma análise do contexto social no qual, nos anos 1970, surgiu o heavy metal (bem como o punk), sobretudo a partir de jovens das classes trabalhadoras das periferias de grandes cidades inglesas, como foi o caso da banda britânica “Iron Maiden” que surgiu em 1975. O nome desta banda é uma referência a um instrumento de tortura medieval e ela chegou à fama com o disco “The number of the beast” lançado em 1982. Cristian salientou que a iconografia é um método de pesquisa que exercita o “saber ver” de modo a, por meio da descrição e análise de imagens, compreender melhor os seus significados: a capa deste disco da banda “Iron Maiden” e as suas referências permitem compreender melhor o contexto em que foi produzida.
Apresentação da advogada Ana Lucia
Na segunda parte da palestra, a advogada Ana Lucia procurou abordar o tema do rock a partir da questão da intolerância e da liberdade de expressão. Ela lembrou a célebre frase do filósofo iluminista Voltaire – “Pode não se concordar com qualquer das palavras ditas, mas se defende o direito de serem elas ditas” e destacou o inciso IV do artigo 5º da Constituição Federal: “É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato”. Ana Lucia enfatizou a forma como o rock em geral ainda é visto de forma preconceituosa e intolerante por alguns grupos da sociedade; na verdade o rock é uma manifestação da cultura popular, como diversas outras. Para convivermos em paz respeitando e tolerando as diferenças (culturais, religiosas, etc) existentes é fundamental superar estereótipos e preconceitos que continuam existindo na nossa sociedade em pleno século XXI. Assim sendo, o respeito à diversidade e o apoio a grupos sociais marginalizados fazem parte do processo civilizatório que está em construção em nosso país.
Ao final da palestra, ocorreram perguntas por parte do público presente sobre os temas abordados. No encerramento, o diretor do câmpus de Caraguatatuba do IFSP, Prof. Me. Nelson Alves Pinto, que esteve presente e colaborou para a organização desta atividade, agradeceu publicamente a excelente palestra ministrada pelos dois conferencistas.
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