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Estudante da licenciatura em matemática do IFSP-Caraguatatuba apresenta trabalho em Congresso na USP

Publicado: Segunda, 17 de Abril de 2017, 07h46 | Última atualização em Segunda, 17 de Abril de 2017, 07h46

Entre os dias 10 e 12 de abril de 2017, a estudante Adriana de Andrade do curso de Licenciatura em Matemática do câmpus de Caraguatatuba do Instituto Federal de São Paulo (IFSP) esteve presente no Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP), onde participou do XII Encontro do Programa de Pós-Graduação Interunidades em Ensino de Ciência (EPIEC), inclusive apresentando o trabalho “Experimentos de baixo custo como estratégica de aprendizado em física”, com os resultados de sua pesquisa de iniciação científica realizada no ano de 2016, sob a orientação do Prof. Dr. Ricardo Roberto Plaza Teixeira.

Adriana em frente a uma faixa informando sobre o XII EPIECAdriana em frente a uma faixa informando sobre o XII EPIEC

O XII EPIEC foi organizado pelo Programa de Pós-graduação Interunidades em Ensino de Ciências que envolve o Instituto de Física (IF), o Instituto de Química (IQ), o Instituto de Biociências (IB) e a Faculdade de Educação (FE) da USP. Nesta edição do EPIEC, o tema do evento foi “O papel do professor e o Ensino das Ciências da Natureza: desafio e perspectivas”, destacando a importância do ensino das ciências naturais nos dias de hoje e enfatizando o papel do docente, para que quaisquer políticas educacionais possam ser bem sucedidas. Durante o EPIEC foram realizadas diversas mesas redondas, palestras e sessões de apresentação de trabalhos orais e de painéis. A conferência de abertura do evento, na manhã de 10/04/2017, intitulada “Formação de professores: a inconsistência das políticas e o descompromisso das instituições”, foi ministrada pelo Prof. Dr. Luís Carlos Menezes do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IFUSP). De acordo com o professor Menezes, raramente a regulamentação da educação básica foi acompanhada de correspondentes políticas públicas para a formação de educadores. Além disso, quanto à formação continuada, quando provida pelos próprios sistemas, nem sempre ela é tomada como trabalho remunerado, e quando oferecida, nem sempre atende a efetivas demandas do exercício real da profissão. Não se muda essa realidade simplesmente com novas leis, mas, não se muda sem elas, e isso envolve contingências como condições de trabalho e salário que dependem tanto da evolução da política e da economia, quanto de uma mobilização social e institucional: encontros como o EPIEC podem ser pontos de partida para isso.

Professor Luís Carlos Menezes e Adriana de AndradeProfessor Luís Carlos Menezes e Adriana de Andrade

Outra palestra que também ocorreu em 10/04/2017, foi ministrada pelo Prof. Dr. Ivã Gurgel (também do Instituto de Física da USP) e teve como tema “Trabalhos realizados por e com professores: compartilhando reflexões sobre uma agenda de pesquisa”. Durante a sua palestra, o professor Gurgel procurou explanar acerca das pesquisas em Ensino de Ciências sobre a melhoria da aprendizagem nesta área de conhecimento e sobre quais metodologias e estratégias educacionais possibilitam ensinar de modo que os estudantes efetivamente aprendam. Dentre as possibilidades aventadas, estão aquelas que se baseiam na análise de intervenções didáticas realizadas em sala de aula e conduzidas por professores-pesquisadores, em que se examinam diferentes aspectos relacionados ao processo de construção do conhecimento por estudantes. Contudo, mesmo reconhecendo a fundamental importância destas pesquisas, é importante refletir acerca de como seus resultados fornecem indicadores efetivos sobre como desenvolver novas práticas educacionais.

Prof. Dr. Ivã Gurgel (IFUSP) em sua palestraProf. Dr. Ivã Gurgel (IFUSP) em sua palestra

Na manhã de 11/04/2017 ocorreu a mesa redonda intitulada “Políticas Públicas e Formação de Professores” que contou com a coordenação de Profa. Dra. Rosana Louro Ferreira Silva (IBUSP) e a debatedora Profa. Dra. Maria Lucia Vital dos Santos Abid, bem como com a participação da Profa. Dra. Ana Cléa Braga Moreira Ayres (UERJ), do Prof. Dr. Flávio Antonio Maximiano (IQUSP), do Prof. Dr. Ivã Gurgel (IFUSP) e do Prof. Dr. João Zanetic (IFUSP). A professora Ana Cléa conferiu ênfase sobre o que está acontecendo atualmente na UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro). O professor João Zanetic refletiu sobre a reforma do Ensino Médio e a elaboração da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), questionando se estamos caminhando para um aperfeiçoamento do modelo industrial de educação. A mesa debateu acerca da reforma do ensino médio, dos documentos disponíveis para a BNCC e das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para Formação de Professores, especialmente sobre os desafios que estão colocados para o ensino de ciências e a formação de professores das ciências naturais.

Professores que participaram da Mesa Redonda de 11 de abrilProfessores que participaram da Mesa Redonda de 11 de abril

No XII EPIEC, a estudante Adriana de Andrade, apresentou os resultados de seu trabalho de pesquisa de iniciação científica por meio do pôster intitulado “Experimento de baixo custo como estratégia de aprendizado no ensino de física”, elaborado em coautoria com o professor Ricardo Plaza com considerações acerca das possibilidades didáticas de demonstrações experimentais utilizadas para o ensino de física. O Prof. Me. Luis Américo Monteiro Junior, docente de matemática do IFSP-Caraguatatuba, esteve presente à sessão de painéis e prestigiou o trabalho acadêmico apresentado pela estudante Adriana.

Adriana junto ao professor Luis Américo, durante a apresentação do seu pôsterAdriana junto ao professor Luis Américo, durante a apresentação do seu pôster

Durante o XII EPIEC, a estudante Adriana visitou laboratórios da Universidade de São Paulo e conheceu equipamentos que podem ser utilizados para o ensino experimental de diferentes campos das ciências naturais.

Adriana em laboratório da USPAdriana em laboratório da USP

No decorrer das atividades do XII EPIEC, a estudante Adriana também teve a oportunidade de visitar o monumento construído em memória da professora Ana Rosa Kucinski, nos jardins do Instituto de Química da USP, onde ela lecionou nos anos 1970. Em 12 de abril de 1974, Ana Rosa Kucinski desapareceu, vítima da repressão da ditadura militar. Até hoje seu nome consta na lista dos desaparecidos políticos durante o regime militar (<http://www.desaparecidospoliticos.org.br/pessoa.php?id=51>). O site da Comissão da Verdade da Universidade de São Paulo apresenta diversas informações sobre o caso do desaparecimento da professora Ana Rosa Kucinski: <http://sites.usp.br/comissaodaverdade/informacoes-disponiveis/caso-ana-rosa-kucinski/>. Em abril de 2014, 40 anos após o seu desaparecimento, foi inaugurado este belo monumento em sua homenagem no Instituto de Química da USP. Nele aparece escrito: “Ana Rosa Kucinski, professora sequestrada e morta pela ditadura: que sua lembrança inspire as futuras gerações a lutar, como ela, contra os que tentam sufocar a liberdade.”

Monumento em memória da professora Ana Rosa Kucinski, desaparecida durante a ditadura militarMonumento em memória da professora Ana Rosa Kucinski, desaparecida durante a ditadura militar

A participação de estudantes universitários em congressos como este colabora muito com o seu amadurecimento intelectual, sobretudo quando eles não apenas participam das palestras e das demais atividades do evento, mas quando também apresentam trabalhos acadêmicos de sua própria autoria. Adriana relatou para seu orientador que a participação neste Encontro de Pós-graduação foi muito importante para a sua formação e para ampliar horizontes no que diz respeito ao seu futuro acadêmico. Mais informações sobre o XII EPIEC podem ser obtidas em: <https://epiec-usp.wixsite.com/epiec2017>.

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