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Curso Técnico em Edificações apresenta trabalho de Iniciação científica na VI Mostra de Trabalhos Técnicos da UNICAMP

Publicado: Segunda, 17 de Outubro de 2016, 07h23 | Última atualização em Segunda, 17 de Outubro de 2016, 07h23

No dia 7 de outubro ocorreu a VI Mostra de Trabalhos de Cursos Técnicos do Colégio Técnico de Campinas, vinculado à UNICAMP.  O Colégio Técnico de Campinas, objetivando despertar e incentivar vocações científicas e tecnológicas aos alunos do ensino médio e técnico, promove anualmente esta importante Mostra de trabalhos. O Curso Técnico em Edificações do Câmpus Caraguatatuba, representado pela aluna Christiane Teles Garutti, apresentou um trabalho na modalidade pôster.

Neste trabalho, a aluna Christiane Garutti, bolsista PIBIFSP, apresenta um comparativo entre concretos para uso em contrapisos, do ponto de vista de desempenho mecânico e econômico, executados com agregados naturais e com EVA (espuma vinílica acetinada), já que esse material pode ter aplicações nas quais não seja necessária a elevada resistência mecânica, caso dos contrapisos.

O Contrapiso é uma camada de argamassa lançada sobre uma base (laje estrutural ou lastro de concreto) para regularização. A espessura varia de 2 a 6 cm, dependendo da função. Para contrapisos internos de edifícios habitacionais e comerciais, utilizam-se 200 a 250 Kg/m³ de argamassa. Os traços de cimento e areia são de 1:3 a 1:7 (em média), mas traço 1:4 é bastante usual.

O trabalho foi avaliado através de questionamentos de três examinadores do evento, os quais arguiram a aluna sobre a importância do tema apresentado e a viabilidade das respectivas pesquisas.

O professor Samir Fagury, orientador da pesquisa, cita que, para se ter uma idéia do impacto financeiro que os contrapisos impõem sobre as edificações, em 1991, em um dos primeiros estudos sobre contrapisos, verificaram-se através dos dados da Secretaria de Habitação do Município de São Paulo, que no ano de 1990 foram computados 4.500.000 m2 de área construída, e supondo-se que 80% desta metragem foi realizada com contrapiso convencional (traço em volume de cimento e areia 1:3), com uma espessura média de 6,0 cm, tem-se um consumo anual de cimento de 97.200 toneladas de cimento.

Complementa dizendo que, nesse sentido, existe um especial interesse na redução dos custos de produção nesta etapa, com a inserção de materiais de baixo custo, e que não venham comprometer resistências e durabilidades, o caso do EVA.

O EVA surgiu no começo da década de 1970, como alternativa ao uso do couro. Na indústria de calçados, o processo de corte e acabamento de chapas de EVA gera uma média de 18% em massa de resíduos, cujo montante estimado no Brasil é da ordem de 7.932 toneladas anuais.

Na oportunidade, o prof. Leandro Peixoto, docente do Curso Técnico em Edificações e Coordenador de Pesquisas do IFSP Câmpus Caraguatatuba também esteve acompanhando a aluna em suas apresentações.

Por fim, os avaliadores aprovaram o desempenho da aluna Christiane, aprovando assim a viabilidade da pesquisa no âmbito das iniciações científicas, e confirmando a viabilidade da aplicação da pesquisa em escala profissional na construção civil do litoral norte.

Segundo o prof. Samir Fagury, a experiência vivenciada por estes alunos em situações de mostras e congressos traz uma importante contribuição à formação pessoal e profissional de cada um deles, a oportunidade de apresentar dados gerados em meses de pesquisa é sempre salutar, trazendo satisfação e sentimento de dever cumprido.

Esta pesquisa teve como colaboradores o professor Emerson Oliveira, e as técnicas laboratoriais Julia Barale e Claudette de Vita.

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