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Colóquio no IFSP-Caraguatatuba discute metódos de pesquisa

Publicado: Sexta, 13 de Março de 2015, 07h03 | Última atualização em Sexta, 13 de Março de 2015, 07h03

Em 10 de março de 2015, pela tarde, foi realizado no auditório do Instituto Federal de São Paulo (IFSP), campus de Caraguatatuba, o Colóquio “Perspectivas sobre métodos de pesquisa: uma introdução do abstrato ao concreto” pelo Professor Dr. Ricardo Roberto Plaza Teixeira e pelos estudantes de Licenciatura em Matemática, Lucas Conelian de Oliveira, João Pereira Neto e Adriana de Andrade. Estes três alunos estão atualmente sendo orientados em trabalhos de pesquisa e de extensão universitária pelo professor Ricardo.

O Colóquio ocorreu a pedido da Professora Dra. Janice Peixer, docente da disciplina “Métodos e técnicas de pesquisa” do primeiro semestre do curso técnico em meio ambiente do IFSP Caraguatatuba. O público presente consistiu sobretudo de estudantes deste curso técnico, mas também de estudantes de outros cursos do IFSP.  Estiveram presentes também escoteiros do “Grupo Escoteiro Caraguatá”, acompanhados pela educadora Elizabeth Borges.

Público presente ao ColóquioPúblico presente ao Colóquio

Antes do início do Colóquio propriamente dito, alguns docentes responsáveis pela gestão do IFSP Caraguatatuba teceram comentários dirigidos aos estudantes a respeito da importância da produção de pesquisa para o IFSP e para o Brasil: o diretor Nelson Alves Pinto, o gerente educacional Mario Tadashi Shimanuki, a coordenadora do curso técnico em meio ambiente Samara Salamene e o coordenador do curso de Licenciatura em Matemática Luis Américo Monteiro Junior.

Educadores e estudantes presentes: Ricardo, Adriana, Elizabeth, Janice, João e LucasEducadores e estudantes presentes: Ricardo, Adriana, Elizabeth, Janice, João e Lucas

O professor Ricardo iniciou o Colóquio fazendo um breve apanhado da história do Instituto Federal de São Paulo e da sua importância para Caraguatatuba. Em seguida, os três alunos de Matemática presentes, Lucas, João e Adriana, realizaram uma reflexão articulada e interdisciplinar acerca dos métodos de pesquisa utilizados nos seus trabalhos de investigação.

Lucas fez uma introdução para os presentes acerca da área da polinomiografia, campo de pesquisa em que se aprofundou durante a sua estadia de um ano e meio nos EUA, estudando na Western Illinois University pelo “Ciência sem Fronteiras”. A polinomiografia é uma forma de modelagem matemática que procura trabalhar com as interfaces entre matemática e arte: ao introduzir polinômios em um programa computacional, ele fornece uma imagem de modo a visualizar artisticamente cada expressão matemática. Lucas encerrou a sua fala salientando como de certo modo o ofício do pesquisador é também, em certo sentido, uma modelagem acerca do funcionamento da natureza.

Na sequência, João apresentou aos presentes um pequeno trecho do filme “A teoria de tudo” que é uma cinebiografia da vida do famoso físico britânico Stephen Hawking. As cenas apresentadas mostraram o modo como este físico, ainda jovem, teve os primeiros lampejos de ideias para explicar a funcionamento de um buraco negro, quando estava observando a mistura do café com o leite em uma simples xícara. Assim, é justamente a partir do seu cotidiano que os cientistas procuram elaborar inferências de modo a tentar explicar o mundo em que vivem. João também procurou em sua apresentação salientar que a história da ciência não é um processo linear como muitas vezes dão a entender alguns livros didáticos, mas parece mais com um movimento de zigue-zague, com idas e vindas, com avanços e recuos, o que é natural: para chegar a algum sucesso, na maioria das vezes é necessário passar por muitos fracassos.

Finalmente, Adriana terminou o Colóquio traçando diversas analogias entre o fazer do cientista e o fazer de um jogador de xadrez. Ambos de início não sabem onde a história vai terminar e, portanto, precisam estabelecer estratégias para atacar e tentar resolver os problemas que surgem. Eles têm que também tentar sondar as possibilidades existentes (na natureza e no tabuleiro), testar hipóteses sobre o que pode acontecer como decorrência de cada ato, pensar e refletir sobre as consequências de suas atitudes e tentar compreender o mundo em que vivem ou o jogo no tabuleiro da forma mais ampla possível, frequentemente tendo que pensar “fora da caixa”, para conseguir superar os desafios que surgem. É importante também em ambos os casos saber formular alternativas para os problemas que aparecem e conseguir elaborar conclusões lógicas a partir das informações existentes. Adriana informou aos presentes que há tabuleiros de xadrez para serem utilizados no laboratório de matemática (sala 118) do IFSP Caraguatatuba e que ela está à disposição para orientar aqueles que queiram conhecer melhor o jogo de xadrez e as suas regras.

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