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Cinedebate discutiu documentário sobre viagem no tempo

Publicado: Quinta, 14 de Abril de 2016, 17h10 | Última atualização em Quinta, 14 de Abril de 2016, 17h10

No dia 13 de abril de 2016, pela manhã, a partir das 10:30, ocorreu mais um cinedebate no auditório do Câmpus de Caraguatatuba do Instituto Federal de São Paulo (IFSP). Desta vez foi exibido e debatido o documentário intitulado “É possível viajar no tempo?” que é o terceiro episódio da primeira temporada da série de documentários “Através do Buraco de Minhoca” (“Through the wormhole”). Esta série é de excelente qualidade científica e artística, aborda problemas de fronteira da ciência e é apresentada pelo ator Morgan Freeman.

Público presente ao cinedebate sobre viagem no tempoPúblico presente ao cinedebate sobre viagem no tempo

Esta atividade foi organizada pelo Prof. Dr. Ricardo Roberto Plaza Teixeira que coordena o programa de extensão “Cinedebate e atividades de educação científica e cultural” no âmbito do IFSP-Caraguatatuba. A equipe de organização deste evento contou com a participação de bolsistas deste programa de extensão (Roberta da Silva, Josiene Vieira Nascimento Dourado, Aline da Silva de Oliveira, Brenda da Rocha, André Luiz Oliveira dos Santos Junior, Mayra Dantas Bueno, Douglas Cleber Araujo Leite), bem como de Dérick Alves de Jesus, que é um ex-bolsista deste programa de extensão, e de outros de bolsistas de iniciação científica também orientados pelo professor Ricardo Plaza (João Pereira Neto, Adriana de Andrade e Rafael Brock Domingos). O principal público alvo deste cinedebate foram os estudantes das turmas do curso de Licenciatura em Matemática do IFSP-Caraguatatuba, mas estudantes de outros cursos também estiveram presentes.

Professor Ricardo Plaza com estudantes que organizaram este cinedebateProfessor Ricardo Plaza com estudantes que organizaram este cinedebate

O documentário apresentado basicamente faz uma reflexão sobre as possibilidades de viajar no tempo de acordo com diferentes teorias da física moderna e da física contemporânea. De modo complementar foi apresentado também o didático curta de animação “Quer que desenhe – Tempo é relativo” (disponível no site Youtube) para explicar algumas ideias da teoria da relatividade elaborada há mais de um século pelo físico Albert Einstein.

Imagem da série “Através do buraco de minhoca”Imagem da série “Através do buraco de minhoca”

Após a exibição do documentário foi explicado que de acordo com a teoria da relatividade, a velocidades próximas da velocidade da luz ou em regiões com intensos campos gravitacionais (nas proximidades de buracos negros, por exemplo), o tempo passa mais devagar literalmente. Alguém que estiver em tal situação terá o seu próprio tempo, portanto, passando mais lentamente do que quem não estiver em tal situação (quem estiver na Terra, por exemplo). Quando estas duas pessoas se encontrarem novamente, uma delas (aquela para quem o tempo passou mais devagar) parecerá ter viajado ao futuro em relação à outra, pois terá envelhecido menos que a outra. Mas esta é uma “viagem no tempo para o futuro” só de ida, pois não há como esta pessoa voltar ao passado para desfazer esta diferença nas marcações do tempo entre as duas. Foi adicionalmente explicado aos presentes que isto não é uma mera especulação científica, pois já há muitas evidências experimentais desta “relatividade do tempo”: o aparelho de GPS, por exemplo, utiliza as equações da relatividade para poder funcionar adequadamente.

Ficou claro também aos presentes como uma viagem ao passado parece violar um princípio fundamental da ciência, o de que toda causa precede o seu efeito. Uma tentativa especulativa de superar este “problema” é a chamada teoria dos multiversos: se uma pessoa voltar no tempo e alterar algo fundamental do passado, na verdade esta pessoa a partir desta sua ação estará “bifurcando” o tempo, criando um novo futuro e em certo sentido originando um outro “universo” diferente daquele “universo” do qual ela partiu. Mas isto sim é especulação científica sem evidência experimental (ainda), algo que também tem a sua importância, pois a ciência em muitos momentos avançou a partir de especulações feitas por mentes científicas criativas como as de Galileu, Newton, Darwin e do próprio Einstein.

As sessões de cinedebates são organizadas pela equipe do professor Ricardo Plaza tanto no auditório do próprio IFSP, quanto em espaços das escolas públicas da região do litoral norte de São Paulo. Seu objetivo principal é proporcionar reflexões críticas envolvendo filmes selecionados com este propósito, bem como ampliar o repertório de filmes e de documentários de qualidade por parte dos alunos em geral. Todas as sessões de cinedebates são gratuitas e abertas para quaisquer interessados tanto da comunidade interna, quanto da comunidade externa ao IFSP. Professores e gestores de escolas públicas que pretendem que alunos de suas escolas participem de atividades deste gênero podem procurar o professor Ricardo Plaza no próprio IFSP-Caraguatatuba, para juntos organizarem os detalhes.

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