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Cinedebate discutiu filmes sobre os preconceitos que atingem a população LGBT

Publicado: Sábado, 25 de Junho de 2016, 07h03 | Última atualização em Sábado, 25 de Junho de 2016, 07h03

No dia 21 de junho de 2016, terça-feira, pela tarde e de noite, ocorreu mais um cinedebate duplo no auditório do Câmpus Caraguatatuba do Instituto Federal de São Paulo (IFSP), com a exibição – seguida pelo debate – dos filmes “Orações para Bobby” e “O primeiro que disse”. Este cinedebate foi organizado pelos bolsistas do programa de extensão “Cinedebate e atividades de educação científica e cultural” (André Luiz Oliveira dos Santos Júnior, Josiene Vieira Nascimento Dourado, Brenda da Rocha, Aline da Silva Oliveira, Mayra Dantas Bueno, Matheus Luiz Romeo Pereira, Sergio Galdino da Silva Junior, Adilson Alves de Oliveira Junior, Jaqueline Nadabi Chiqueto Svingal e Lucas Isper) e por bolsistas de iniciação científica (João Pereira Neto, Adriana de Andrade e Rafael Brock Domingos), todos eles orientados pelo Prof. Dr. Ricardo Roberto Plaza Teixeira, bem como por bolsistas-professores do Cursinho Popular do IFSP-Caraguatatuba (Juliana Caroline da Silva Souza, Carolina Bardella de Oliveira, Dérick Alves de Jesus e Ariane Aparecida Roque Pereira Horta). A Profa. Dra. Valéria Trigueiro Santos Adinolfi, docente de filosofia do IFSP-Caraguatatuba, participou do debate, fornecendo diversos subsídios para a reflexão dos presentes.

Professor Ricardo Plaza com bolsistas que organizaram este cinedebateProfessor Ricardo Plaza com bolsistas que organizaram este cinedebate

No público presente no auditório estavam, sobretudo, estudantes do IFSP, em particular das turmas do cursinho popular, mas também de outros cursos. O primeiro filme apresentado após as 16h15min foi “Orações para Bobby” (o titulo em inglês é “Prayers for Bobby”), uma película lançada em 2009 e que conta com a conhecida atriz Sigourney Weaver no elenco. A trama é baseada na história real de Mary Griffith, uma militante norte-americana pelos direitos de gays e que, antes de se tornar militante, teve um filho adolescente (o Bobby) que cometeu suicídio devido à intolerância religiosa da mãe, uma devota cristã na época. O filme proporciona uma reflexão sobre como a intolerância da protagonista só foi sobrepujada após a tragédia que recaiu sobre a sua família. O filme discute também o fato de que a homossexualidade é uma característica de algumas pessoas, assim como a cor da pele ou a altura, e não há sentido algum em discriminar alguém devido a características que este alguém possa ter. A professora Valéria lembrou, no debate após o filme, que por muito tempo na antiguidade as mulheres não eram consideradas seres humanos, assim como os negros durante o período de escravidão ou mesmo os judeus que eram denominados de “sub-humanos” pelos nazistas. A história do avanço civilizatório da humanidade é, em certo sentido, a história da incorporação de todas as pessoas na categoria de “humanos” com direitos intrínsecos desde o nascimento e que devam ser respeitados.

Debate após a exibição do primeiro filmeDebate após a exibição do primeiro filme

O segundo filme apresentado após as 19h00min foi “O primeiro que disse” (título original: “Mine vaganti”), uma comédia italiana lançada em 2010. O protagonista principal do filme é Tommaso, o filho mais jovem de uma família tradicional de uma pequena cidade do sul da Itália que desde os anos 1960 opera um negócio de produção de massas. Em uma viagem de Roma (onde estuda literatura em uma universidade e vive com seu namorado) para a casa de sua família, ele decide revelar aos familiares sua orientação sexual, mas no momento em que vai fazer isso na mesa de refeições, seu irmão mais velho Antonio arruína seus planos.

Professores Valéria Adinolfi e Ricardo PlazaProfessores Valéria Adinolfi e Ricardo Plaza

O debate, após a exibição do filme, abordou a questão de como é importante as pessoas serem fieis a si mesmas e irem atrás de seus sonhos. A família de Tommaso queria que ele se tornasse um administrador dos seus negócios, mas o sonho dele era ser um escritor e estudar literatura. O filme, ao mesmo tempo que faz rir, também nos leva a refletir sobre como abandonamos nossas aspirações devido às convenções existentes, aos preconceitos e à pressão social.

As sessões de cinedebates são organizadas pela equipe do professor Ricardo Plaza tanto no auditório do próprio IFSP, quanto em espaços das escolas públicas da região do litoral norte de São Paulo. Seu objetivo principal é proporcionar reflexões críticas envolvendo filmes selecionados com este propósito, bem como ampliar o repertório de filmes e de documentários de qualidade por parte dos alunos em geral. Todas as sessões de cinedebates são gratuitas e abertas para quaisquer interessados tanto da comunidade interna, quanto da comunidade externa ao IFSP. Professores e gestores de escolas públicas que pretendam que alunos de suas escolas participem de atividades deste gênero podem procurar o professor Ricardo Plaza no próprio IFSP-Caraguatatuba, para juntos organizarem os detalhes.

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